Gotas de sabedoria do auto-proclamado enfant terrible da intelligentzia nacional

segunda-feira, maio 31, 2004

VEJA: Indispensável




A Veja é o semanário de notícias de maior circulação no país , supera com folga as principais concorrentes, que são Isto É e a Época. A publicação da editora Abril fez por merecer essa condição, mas enfraqueceu nos últimos anos e apresenta alguns defeitos inexplicáveis. Um deles é o mau hábito de publicar matérias desnecessárias sobre artistas e produtos culturais norte-americanos. Recentemente, lembro de ter lido perfis de duas páginas de personalidades insignificantes para nós , macacos terceiro-mundistas da América Latrina. Um era com Kim Catrall, a lourona vadiaça do Sex in the City, e o outro era com Jennifer Anniston , a Rachel do sitcom Friends. Nenhuma das duas celebrities é interessante o suficiente para justificar toda essa atenção , apesar do sucesso que as duas insuportáveis séries goza entre insossos integrantes das classes média e alta daqui. Kim escreveu um livro sobre sexo, Jennifer é a esposa de Brad Pitt. Essas são as únicas informações "úteis" sobre as estrelinhas da Veja.

Na edição que está nas bancas hoje, vemos mais uma baboseira que segue essa lamentável linha. Na página 135, dentro do tema Televisão, há um texto sobre o programa American Idol, uma espécie de híbrido entre Show de Calouros e FAMA . A matéria nos informa sobre uma candidata, muito melhor que a rival, que foi eliminada da disputa por ter perdido na votação do público, via telefone. A concorrente "ruim" só venceu por causa de uma quantidade maciça de votos provenientes do Havaí , sua terra natal. O acontecimento gerou um bafafá nos EUA.

Agora eu pergunto:
- Por quê os leitores da revista mais importante do Brasil devem ficar a par de um episódio completamente irrelevante para nós (se bobear, até para os EUA) ?
- Será que na semana que passou, não houve nada relativo ao tema televisão mais importante que isso ?
- I don't get it, what's the fucking point ?

Para completar , mais algumas críticas à Veja:
- As montagens que ilustram as capas costumam ser muito vagabundinhas, a atual não é exceção. Quase todas as revistas da editora Abril apresentam trabalhos mais bonitos, não faz sentido a Veja continuar com essa cara pobre.
- Nas reportagens de moda , sempre inventam de fotografar modelos fajutos trajando peças que fazem parte das novas tendências para o verão, inverno, etc... O resultado é amadorístico, há duas coisas que as meninas clicadas não conseguem disfarçar: um sorriso constrangedor e as estrias.
- Vez ou outra somos brindados com edições temáticas da publicação, tipo "Mulher" e "Tecnologia". É até simpático receber essas revistas especiais , mas é quase a mesma coisa que ganhar um número qualquer da NOVA e da Info EXAME, que até poderiam conquistar novos assinantes caso fossem dadas de presente aos consumidores de Veja. .

Eu apreciaria muito mais uma edição extra com todas as colunas do Diogo Mainardi , cada uma acompanhada de uma seleção dos melhores - no caso, os mais ferozes e indignados - hate mail ( viva a macaquice !) enviados à redação. Aí sim , teríamos um conteúdo de primeira, original e exclusivo da indispensável Veja.

sexta-feira, maio 28, 2004

Garnê


Kevin GarneTT
Tenho acompanhado diariamente pela ESPN os jogos do playoff das finais de conferência da NBA. Um dos confrontos envolve o Los Angeles Lakers e o Minnesota Timberwolves, equipe do ala Kevin GarneTT , melhor jogador da liga na atual temporada. "KG" , como é conhecido , é a alma do time . Conhecido pela intensidade com que disputa as partidas, lidera o ranking de maiores reboteiros do campeonato e é vice-líder em média de pontos. Enfim , "Kevin GarneTT" é o nome que não sai da boca dos locutores quando algum jogo dos Wolves é transmitido na TV. Roby Porto , da ESPN, insiste bravamente em pronunciar esse nome da forma errada todas as vezes em que GarneTT toca na bola. Isso é um deslize que se repete há anos, mais irritante ainda quando os playoffs são disputados, pois acompanhamos vários jogos de uma mesma equipe em um curto período de tempo, ouvindo o erro centenas de vezes.

O problema de Roby é achar que GarneTT ( com dois "T"s, caramba ! ) é uma palavra da língua francesa, só chama o craque de "Garnê". No jogo que se encerrou há alguns minutos , "Garnê" marcou 12 cestas (28 pontos) , pegou 13 rebotes , deu 9 assistências e cometeu 3 faltas. Dá para imaginar que seu nome foi mencionado equivocadamente por no mínimo umas 40 vezes ao longo dos 48 minutos de "bola rolando". Uma autêntica tortura aos meus ouvidos. O que agrava o erro de Roby é o fato dele - e toda a equipe de locutores e comentaristas brasileiros da ESPN- morar nos EUA , onde absolutamente ninguém omite o "T" da palavra em questão. Posso estar parecendo cri-cri com esses resmungos - afinal de contas, posso ver o jogo em inglês,com o SAP ativado- mas imaginem só uma transmissão do Tour de France em que o narrador só fala bicicreta . Não dá para não ver !


quinta-feira, maio 27, 2004

Faixa preta em oportunismo



Não li e não gostei

Há um sem-número de vigaristas que, impunemente, jogam no merc(d)ado editorial obras que visam explorar pessoas fracas da cabeça. O sucesso dos autores de livros de auto-ajuda é fato consumado e vários nomes se estabeleceram como os papas do gênero (Lair Ribeiro, Roberto Shinyashiki,etc...). Lutar contra esses não vale a pena, é um esforço inútil e inglório. O que ainda pode ser feito é uma campanha contra outra vertente dessa praga literária, constituída por autores de livros de gestão empresarial que se utilizam de metáforas inusitadas para exemplificar táticas vitoriosas a serem empregadas nos negócios.

Imagino que o modismo teve início quando começaram com aquele papo de que A Arte da Guerra era o livro de cabeceira de bem-sucedidos empresários asiáticos, que tomavam decisões importantes inspirados pelos ensinamentos de Sun Tzu . Como A Arte da Guerra é um documento de estratégias militares, não há muito espaço para floreios e frescuras, tudo é escrito de maneira bem direta e sensata. É compreensível que os textos do general chinês influenciem pessoas que exercem cargos de liderança, mesmo que estas vivam em outra época e atuem em outras áreas. Os ensinamentos são atemporais e sedimentados no racionalismo do autor. Estava tudo muito bem assim. Estava...

Aí , resolveram lançar versões comentadas do livro , que " traduziam" a obra para o mundo dos negócios. Funciona mais ou menos da seguinte maneira:
1 - Sun Tzu : É importante que o líder destaque batedores para reconhecer os terrenos onde serão realizadas batalhas. Uma linha, bem simples , sem deixar dúvidas.
2 - O comentarista ocidental começa: Na esfera onde são regidas as leis de intercomunicação entre as empresas de capitais da era moderna, é imprescindível a utlização de departamentos especializados no abalroamento de toda a sorte de informações que possam ser empregadas no processo decisório relativo ao gerenciamento de recursos, etc... E mais linhas repletas de obviedades preenchiam as páginas subsequentes, sem acrescentar nada ao que Sun Tzu havia escrito.

Hoje, qualquer livraria contém uma enxurrada de títulos produzidos nesses moldes. Um que me chamou a atenção foi Estratégias de Judô, de David B. Yoffie e Mary Kwak. A proposta é trazer para o mundo dos negócios os princípios do judô ( movimento, equilíbrio e o uso de alavancas) , que seriam de grande valia para pequenos empresários que enfrentam competição de concorrentes maiores e mais ricos. Em suma, aquela ladainha de usar a força do adversário para derrotá-lo. Vou tentar folhear a obra para confirmar minhas suspeitas de que ela não passa de mais um livro genérico de administração, cujo grande diferencial é a presença de fotos de japoneses usando kimono em algumas páginas. Caso eu esteja correto, poderei dizer que os autores são medalhistas de ouro na arte de vender gato por lebre, aplicando seguidos ippons nos consumidores incautos que, ávidos por riquezas, acabam por encher os bolsos de uma dupla de espertalhões.

quarta-feira, maio 26, 2004

Síndrome da paralisia do sono


Paralisia do sono: incapacidade para executar movimentos voluntários durante a transição entre a vigília e o sono.

Há cerca de uma semana , acordei no meio da noite sem conseguir me mexer, falar e respirar profundamente, apenas via o que acontecia no quarto. Fiquei lá petrificado na cama observando um pequeno vulto translúcido (parecia o efeito emboss do photoshop) mover-se muito rápido pelo meu quarto , ao som de ruídos ininteligíveis.

Paralisia do sono é algo que faz a vida valer a pena ! Não ocorre com muita frequência , mas tive duas vezes no último mês. É muito divertido quando essa condição é acompanhada de alucinações como a que descrevi acima. A melhor que eu já tive foi uma em que via uma frota de óvnis pela janela enquanto luzes coloridas piscavam no quarto, se alternando com imagens da cabeça de alguns parentes. Se algum dia eu fizer um programa de TV inspirado pelo psicodelismo dos anos 70, garanto que a vinheta de abertura vai conter essa cena. Em outra ocasião , tive a sensação de que minha alma deslizava para fora do corpo, escorregando pela cama. Confesso que fiquei com um tremendo cagaço nas primeiras vezes que sofri desse "mal" , mas depois de pesquisar o assunto - Carl Sagan dedica uns parágrafos ao tema em um de seus livros - , aprendi que basta ficar calmo para conseguir trazer a situação ao normal. Hoje em dia eu gosto de ficar paralisado no meio do sono, até sei os procedimentos indicados para gerar esse tipo de acontecimento.

Uma vez escrevi um texto relatando essas experiências no fórum de um site, já comentando a explicação científica para a síndrome. Algumas pessoas responderam dizendo que já tiveram , outras achavam que era coisa de paranormal . Teve um cara evangélico que ficou preocupado, me mandou um longo email dizendo que era o capeta que estava aprontando algo comigo, que podia ter gente jogando macumba para cima de mim, que os estudiosos estavam errados , etc... Preferi confiar na ciência.
Informações relevantes sobre o tema e relatos assustadores podem ser encontrados nas seguintes páginas: Paralisia do Sono e Jornal Infinito

sou um gatinho dorminhoco, miau !

Ps: Para provar que não sou tão excêntrico assim , convido todos os leitores a visitar o meu novo e normalíssimo fotolog, uma aventura imagética bilíngue estrelada por quatro chaveiros-atletas. Espero que gostem.

terça-feira, maio 25, 2004

Nua

Quase todas as bancas de jornais estão exibindo um poster da revista Sexy, que destaca o ensaio da cantora Syang para a edição do mês de maio. A artista passou por alguma metamorfose muito séria. Todo aquele appeal de roqueira rebelde que ela ostentava antes foi para o espaço, a menina agora está parecendo uma meretriz colombiana !

Olá marujo , quer se divertir ?

domingo, maio 23, 2004

Fenômeno carioca



A completa ausência de senso de ridículo que se manifesta em moçoilas bem nascidas da zona sul do Rio de Janeiro é fascinante. Nos últimos dias , fui brindado com um espetáculo visual pitoresco, que ocorre todas as vezes em que os termômetros da cidade maravilhosa ( hein ?) indicam uma temperatura igual ou inferior a 18°C . Alguma força misteriosa age nas cocotas , e elas imediatamente passam a se vestir com roupas que seriam adequadas para enfrentar o inverno em algum concorrido vilarejo dos Alpes. O que se vê ao cruzar a Ataulfo de Paiva e a Visconde de Pirajá na parte da noite é um festival de gorros , cachecóis, botas e robustas jaquetas de couro. Fico comovido com a resistência delas, parecem não acreditar que vivem na cidade que é o maior cartão postal do bananão tropical chamado Brazil ( com Z mesmo ).

Estou disposto a tirar proveito da situação e a enriquecer às custas do transe coletivo alheio . Se o inverno for rigoroso - de acordo com os padrões cariocas, claro - , serei o pioneiro na instauração de um novo tipo de pet shop por aqui, que visa explorar o promissor mercado de animais dos pólos. Venderei pinguins para a juventude dourada do Rio de Janeiro !
No momento, pretendo fazer um trabalho de reconstrução da imagem das simpáticas aves marinhas, massivos investimentos da cerveja Antárctica e das balas Halls para levar o projeto adiante são favas contadas. Dêem uma rápida espiada no meu plano:

Antes -> enfeites de geladeiras e ícones da breguice.
Depois -> amáveis companheiros de caminhadas e braçadas na orla e na Lagoa.

Sou ou não sou um - ainda um tanto delirante - formidável visionário ?

Foférrimo e irresistível !!!!!!!!

sexta-feira, maio 21, 2004

mais um teste bobo

Cinebobagens



1 - Responda rápido
Quem é esse rapaz de azul ?

a) Um inimigo do Bill, o Açougueiro em "Gangues de Nova Iorque".
b) O craque de futebol Zinedine Zidane.

2
Diáros de Motocicleta é um filme que me fez refletir. Refleti muito sobre a diferença do papel desempenhado pelo mexicano Gael Garcia Bernal no filme e aquele que ele exerceu na "vida real".
No filme -> O moço passa cerca de cinco meses cruzando países da América Latrina, grudado a um gordinho e dirigindo uma moto caquética e suja (isso quando não está a pé). O louvável objetivo é chegar a um buraco no meio da floresta amazônica para abraçar leprosos.
Na vida real -> Primeiro ele pega um lugar na primeira classe de um vôo que não leva menos que 10 horas para trazê-lo do México ou EUA para o Brasil. Depois vai conferir a pré-estréia do filme , evento glamouroso onde o rapaz é paparicado pela imprensa e pelos convidados. No pós-festa , passa o pincel na mais exuberante apresentadora-modelo-atriz-safada-gostosa-deusa do país, a gaúchinha que acabou de sair da MTV...
Esse maledeto chicano deve ser o anão (1,68m) mais feliz do mundo. Calhorda !


3
Aluguei o DVD do péssimo Matrix Revolutions durante a semana e devolvi com atraso de um dia. Vi o filme em pedaços e com o dedo no FF do controle remoto, já que era impossível segurar o sono. Enfurecido , me vi obrigado a pagar por duas diárias de aluguel dessa bomba , quando o justo seria eu receber algum mimo da locadora por ter sido benevolente em tirar aquele pedaço de lixo da prateleira. Francamente , tive sessões de quimioterapia mais divertidas que as horas desperdiçadas em frente ao ecran para (tentar) ver o desfecho da trilogia idealizada pelos irmãos Wachowski.

quinta-feira, maio 20, 2004

musicômicas


1
Um sinal que indica o fracasso de um show de música acontece quando o vocalista da banda chama o público para perto do palco e ninguém dá bola.
"Gente , quero ver todo mundo dançando , deixamos uma área livre aqui em frente para servir de pista !"
Pois é , alguns olham para baixo , outras conversam baixinho fingindo que não ouviram o apelo do artista e o show segue de maneira constrangedora.
Estive em um desses eventos ontem.

2
Depois de passar o final de semana trabalhando na Meca de adolescentes conhecida como Coca-Cola Vibezone , arrumei um belo motivo para ouvir música eletrônica no Rio de Janeiro : DJ Mari Zander.
espero que esse clone do sérgio mallandro não esteja pegando ela
Quem já viu a moça comandando as carrapetas em alguma festa ou boite pode assinar embaixo de meus elogios. A beldade é charmosa, competente, feminina , low profile ,sabe se vestir de modo decente, tem cabelo bom e ainda é um encanto quando dança. Hoje a pequenina (estou mentindo, ela mede 1,78m) anima a festaFusion Club, em Ipanema. Eu não vou , mas recomendo.

3
Algumas bandas ou artistas ruins não merecem fazer sucesso:
O Rappa - Jamais foi além da mediocridade. Parece que só ganhou fama por ficar promovendo aquele trabalho social com o Afro-Reggae. O cantor Falcão nunca está sóbrio quando dá entrevistas, não tem ritmo e atrapalha as músicas, que já são meio chatinhas por natureza. O Yuka tinha umas letras boas, mas isso não é o suficiente para O Rappa ser considerado top.
Ben Harper - Ganhei um cd desse chato uma vez, bota para dormir mais rápido que os calmantes de tarja preta. Musiquinhas meio rock, meio reggae, meio pop , 100% tediosas. Agora lançaram uma versão branca dele , chamada Jack Johnson, dá no mesmo...
Lan Lan , a ex-percussionista da Cássia Eller Estão querendo promovê-la já há algum tempo , felizmente sem bons resultados. Figurinha meio caricata, do tipo "sapata com atitude". A música de trabalho tem o antológico refrão "eu não aguento mais , é tanta xurumela" . Se eu passasse dez anos em uma ilha deserta tentando achar a palavra mais inadequada para se usar em um pretenso hit radiofônico, não conseguiria nada melhor que "xurumela". Ainda tenho razões pessoais para antipatizar com a menina :certa feita eu estava vendo uns shows péssimos do festival Humaitá pra Peixe, estava achando tudo muito sem graça e me instalei no alto da modesta arquibancada do local, para ter mais sossego e uma visão panorâmica do freak-show que frequentava o lugar. Aí , surge Lan Lan com algumas asseclas , todas moças "de atitude" , com piercings, tatuagens, cabelos coloridos ,etc... As gatinhas resolvem estacionar ao meu lado e começam a queimar um capim atrás do outro. Fiquei muito mau-humorado, vendo shows ruins e tendo que aturar a marofa proporcionada pela talentosa música e suas amigas do peito.
Rogê Esse nem corre o risco de fazer sucesso,só dá certo mesmo no verão carioca . Afinal de contas, é "a cara do Rio". A cara do Rio não sabe fechar a boca e tem algum problema sério para andar em linha reta quando dança(?). O rapaz ainda insiste em bancar o malandro carioca. Até onde eu sei, malandros cariocas são negros, moram no morro e usam chapéu. O Rogê não faz nada disso.
Dave Mathews Band- Cultuados por uma fiel horda de admiradores, que acham que consomem alta cultura quando ouvem as intermináveis ladainhas do Mr. Dave. Já dei várias chances a eles , baixei dezenas de músicas na internet, procurei ouvir com atenção as melodias, tentei achar algum significado oculto nas letras, mas nada funcionou. O fato é que DMB é uma banda que só tem umas quatro músicas boas em meio a tudo aquilo que produziram em anos de carreira. Para não parecer muito negativo , digo que gostei da apresentação deles no Rock in Rio .

quinta-feira, maio 13, 2004

teste

Não tenho tempo para escrever , aí vai um teste bobo :



Que filme clássico você é ?

quarta-feira, maio 12, 2004

Sound of Music
Momentos musicais que me deixam com vontade cortar os pulsos:
- Coroas movendo os braços e cantando lentamente "Trem das Onze". O ápice é na frase "morooooooo , em Jaçanã .....". A felicidade deles ao fazer isso é algo que vai além da minha compreensão.
- Mocinhas que se julgam boas cantoras fazendo ar compenetrado para soltar a voz e cantar "beeeeem que se quiiiis...". Elas sempre usam músicas da Marisa Monte para encher o saco dos outros , não tem a menor criativadade. Vacas.
- Crianças que se tornam fãs de "A Noviça Rebelde", decoram todas as músicas e, felizes ( blargh !), cantarolam aquela porcariada para todas as pessoas que encontram. Algumas ainda se dedicavam a aprender as letras na versão original em inglês e na tradução brasileira. Palmatória nelas !
- Moulin Rouge : O filme inteiro.

Atualizo o post quando lembrar de mais.

terça-feira, maio 11, 2004

Dublation canastration



Primeiro eu me deparo com O Tigre e o Dragão dublado em inglês no canal AXN. O filme perde metade da graça com aquela chinesada toda discutindo sobre a green destiny e the greatest of all warriors. Os yankees resolveram adotar uma impostação de voz pausada e em tom solene , creio que para demonstrar respeito a uma cultura milenar como a dos amarelos. Ficou com ares de programa humorístico, me fez lembrar de uma terrível dublagem de um jogo de videogame chamado Shenmue ( do extinto Dreamcast , da SEGA ), que é todo ambientado no Japão da década de 80.
Essa chinesinha dá um caldo. Tem um cabelo lindo e uma elasticidade impressionante.

Aí eu dou um giro no controle e caio na Rede Globo , onde exibem o sofrível Velozes e Furiosos, uma obra feita sob medida para agradar os adolescentes mais lesados do planeta. A bomba é uma cópia fracassada do ótimo Caçadores de Emoção - aquele com Keanu Reeves e Patrick Swayze, sobre os surfistas ladrões de banco- . Para explorar a semelhança entre os dois filmes , alguma mente privilegiada teve a idéia de escalar o cara que sempre dubla o Keanu Reeves para fazer a voz do ator que interpreta o policial galã conflituoso que fica amigo da "galera radical" , pega a mulézinha da tchurma, revela a verdadeira identidade , caça os antigos camaradas e deixa o bandido casca-grossa realizar um sonho no final. Eu não sou de acreditar muito no espiritismo , mas ao ouvir aquela voz pensei que o agente Johnny Utah tinha abandonado o surfe e o limbo cinematográfico para encarnar no corpo de um tira que dirige carrões. Me enganei , o astro de Velozes e Furiosos consegue realizar a proeza de apresentar menos expressões faciais que o Keanu.

Essa Jordana Brewster também é caldo. É filha de mãe brasileira, tem um cabelo lindo e fala português com um sotaque encantador.

segunda-feira, maio 10, 2004

Coisas que não fiz no final de semana



Sexta
Não comemorei meu aniversário .
Não fui ao Chivas Jazz Festival.

Sábado
Não acordei cedo para aproveitar um pouco do sol.
Não saí do serviço antes de 21:40
Não fui em duas festas nas quais deveria ter ido.
Não me perdôo por ter perdido o show de uma das minhas bandas preferidas em Curitiba.
pixies
Domingo
"Não", foi o que respondi ao ser abordado por um potencial assaltante com a manjada "Ei, você tem um isqueiro ?".
Não almocei com a minha mãe - ela está bem viva e em algum lugar bem melhor que o Rio-
Não achei graça em constatar que os quiosques de flores se aproveitam do dia das mães para superfaturar os preços, paguei R$ 50,00 em dois simples vasos cujo valor verdadeiro deve ser uma pequena fração dessa quantia. Tudo para agradar a tia e a prima que me acolheram nessa data especial (para o comércio). Definitivamente, ser sovina e fofo ( eca ! ) ao mesmo tempo não é algo fácil de conciliar.
Não foi divertido aturar uma "simpatissísima" vendedora picareta que falava das flores como se todas fossem belíssimas e que os preços estavam ótimos.

Nos três dias:
Não li uma página do livro que não consigo terminar.
Não ouvi um CD.
Não fui ao cinema e nem vi filmes.
Não fiz atividade física.
Não me alimentei corretamente.
Não fiz upload de nenhuma foto da máquina digital que ganhei de aniversário. O PC caseiro é de um tempo em que os bichos ainda falavam, não tem entrada USB.
Não atualizei o blog.

quarta-feira, maio 05, 2004

Cachaceiro

Mais um causo do universo futebolístico , narrado pelo amigo Lioju:

Vou te contar uma cena que eu presenciei e que envolve o jogador etílico que hoje veste a camisa com cinto de segurança...

O fato ocorreu em meados de outubro do ano passado, justamente na semana em que o bebedor, ops, jogador em questão se apresentara em seu novo clube, o de são januário...
Estava eu e mais uns amigos, bebendo uns chopps e comendo umas codornas assadas em um bar na praia da barra, constantemente frequentado por boleiros...
Eis que adentra ao recinto o novo reforço do bar, ops, do vasco acompanhado de seus amigos pagodeiros e suas amigas de familia...

Todos sentam-se à uma mesa que, rapidamente, passa a estar regada de chopp e petiscos... o pagode rolando solto quando a primeira pérola é soltada da boca do jogador, dirigindo-se a um dos "amigos" que estavam em sua mesa:
jogador: "Aeee.. tu que é aquele buxão que fica carregando a bandeira da força jovem na arquibancada, né? HAHAHAHAHAHAHAHHAHA"
O "amigo" meio sem jeito, corresponde à risada para não ficar um clima ruim e para garantir a sua boca-livre da tarde...
Após alguns minutos, o mesmo "amigo" parece querer se integrar ao jogador e manda:
amigo: "Ae, já são 4:15 da tarde... o jogo do vasco já começou..."
Agora preparem-se para a resposta do craque:
jogador: "Eu quero que se foda! Sou flamenguista mesmo!"


O Renato Maurício Prado ( www.oglobo.com.br ) já publicou uma muito boa envolvendo o mesmo jogador , sobre o dia em que um jornalista foi à casa do craque para entrevistá-lo. A entrevista corria solta e o jornalista resolveu pedir um copo d'água ao jogador. O rapaz volta da cozinha com uma tulipa e pede desculpas : "Me perdoe , aqui só tenho copos desse tipo."

domingo, maio 02, 2004

Perfil do Consumidor



Há alguns anos , o Caderno B do Jornal do Brasil publicava em sua segunda página o Perfil do Consumidor - EXEMPLO AQUI-. Certas respostas apareciam com bastante frequência , o que até hoje me intriga. Ei-las :
Desodorante - Polvilho antisséptico Granado (homens) - Leite de Rosas (mulheres).
Eu já cai nessa de usar o polvilho , resolvi experimentar quando estava sem desodorantes normais em casa. Não foi uma decisão inteligente, pelos seguintes motivos:
- Talco é um formato inadequado para algo que deve "grudar" nas axilas. Sempre cai um pouco no chão e na bermuda (se estiver usando) e as mãos ficam empapadas naquele pózinho desagradável , dá uma baita aflição de encostar em algo depois. *Pareço um afrescalhado comentando assim .
- Se o suvaco ainda estiver um pouco molhado na hora da aplicação do polvilho, esteja preparado para cuidar de feridas no dia seguinte. A porcaria deixa a pele em pandarecos, ardida e com frieiras.
Em suma , ter a picaretagem de recomendar o Polvilho Antisséptico Granado como o melhor desodorante é uma atitude de gente porca e pão dura . Sou mais eu e o meu Acqua di Gio.
Homem Inteligente - Jô Soares
Nove entre dez entrevistados vinham com essa resposta , era de uma assombrosa falta de criatividade e cultura. Estávamos na época do Jô Onze e Meia no SBT e o gordo era o único apresentador da TV brasileira que comandava um talk show de sucesso. Pelo visto , isso era o suficiente para credenciá-lo como um dos raríssimos homens inteligentes do planeta Terra. Esqueçam os grandes líderes, escritores, jornalistas, filósofos, sociólogos, religiosos e afins . Ninguém era páreo para a vastíssima cultura do rotundo e histriônico José Eugênio. Jô até merecia algumas citações , mas ficava claro que as respostas eram motivadas pela preguiça do entrevistado em pensar em alguém melhor (todo mundo respondia "Jô" mesmo, para que ser diferente?) e pelo poder da mídia televisiva em nossa hiper-dimensionada República das Bananas.
Nos dias atuais, Jô não receberia muitos votos. Ficou tachado de chato, que raramente faz entrevistas interessantes e que se preocupa muito em aparecer mais que os convidados e em requentar piadas velhas e sem graça, como aquela do Pinochet com o garçom Alex.

O que usa para dormir ? - Nada ou durmo nu(a)
Gostaria de ver a cara dessas pessoas no dia em que algum inseto entrava no rabo delas e as mordia. Ou quando algum peido noturno ganhava uma inesperada consistência e borrava o lençol - gotas de urina também deviam ser constantes - . Se eu fosse ditador , mandaria essa corja para o paredão. Ah, canalhas !

sábado, maio 01, 2004

Rapidinhas , em homenagem ao leitor número 1 do blog


Vi Kill Bill na quinta-feira. É um filme muito bem executado , mas senti falta dos diálogos inteligentes que eram marca registrada dos filmes do Quentin Tarantino. O que não aguento é abrir o jornal e ler aquelas críticas elogiosas de comunicólogos que nunca viram um filme de kung-fu na vida . Falam bem só porque é um filme de um diretor queridinho de todos, passam a ver arte nos elementos que sempre desprezaram em outros filmes. Cambada de sicofantas !

Mike Tyson volta aos ringues no dia 31 de Julho , em luta contra o desconhecido irlandês Kevin McBride. Será a primeira luta do Iron Mike sob contrato com a organização japonesa K-1 que , além de boxe , promove lutas e campeonatos de vale-tudo e de kickboxing.

Troquei de quarto recentemente e ainda não arrumei um lugar para pendurar meu poster enquadrado do Van Gogh, que fará companhia ao dos trabalhadores descansando , que era da minha irmã antes dela se mudar.