Gotas de sabedoria do auto-proclamado enfant terrible da intelligentzia nacional

quarta-feira, dezembro 26, 2007

publicado em 28/6/2005 no meu outro blog

vivendo e aprendendo

O primeiro episódio da segunda edição da versão nacional do programa "O Aprendiz" , estrelado por Roberto Justus , foi ao ar na semana passada, na Rede Record e no People and Arts. Parte-se do princípio que todos os 16 candidatos ao grande prêmio - um um emprego de R$ 250.000,00 por ano - são profissionais altamente qualificados e aptos a desempenhar um bom papel enquanto enfrentam as tarefas impostas pela direção do reality show. Não foi essa a impressão que deixaram após a estréia de "O Aprendiz 2".
As baboseiras começaram cedo , quando os dois grupos formados tiveram que escolher um nome para as respectivas equipes. No grupo dos homens , um participante chamou a responsabilidade para si e se prontificou a catequizar os coleguinhas com um dos mantras preferidos daqueles que dominam noções básicas de marketing. Trata-se de um mandamento que sustenta a idéia de que "o nome da marca tem que ser curto e fácil de ser lembrado em qualquer idioma". Os bons cordeirinhos seguiram o princípio , como se isso por si só bastasse para que todos os nomes enquadrados na regra fossem bons. Numa demonstração de falta de criatividade ,optaram por V-8 , nome tão curto quanto pobre. Hoje em dia , qualquer grupo de amigos que monta um escritório de design ou de publicidade , faz uso dessa técnica : juntam as iniciais dos nomes dos fundadores e botam um número no fim. Temos uma avalanche de RM5 , BP2 , SSN3 , 4T e outras sopas de letrinha. O campeonato alagoano de futebol , célebre por causa dos clubes CSA , CRB e ASA , perde de goleada .
Não há problema nenhum no fundamento defendido pelos marketeiros , o que incomoda é a fé cega das pessoas em segui-lo, ignorando o bom senso e a originalidade na escolha dos nomes das empresas e marcas. Se todos no mundo fossem iguais aos rapazes do V-8 , não conheceríamos a Vale do Rio Doce , a Matsushita e a Pricewaterhouse. Mas nem todos são iguais a eles , há os que conseguem ser piores. O time das mulheres , por exemplo , tirou da cartola o nome Mandala. Se nomes exalassem cheiro, esse federia a mofo. Além de ser uma palavra já muito manjada, mandala ainda tem o agravante de ser associada a um outro reality show recente da TV brasileira , o No Limite , da concorrente Globo. Edir Macedo e cia devem ter adorado a surpresinha.
Depois dos nomes , veio a escolha dos líderes dos grupos (no das mulheres, ninguém quis o cargo, o que gerou graves críticas mais tarde) e o desafio : vender, em pouco mais de um dia, a carga de um caminhão repleto de papel higiênico , papel toalha e guardanapos. A edição de imagens não foi das mais coerentes , mas deu para ver que o grupo dos homens conseguiu se organizar precariamente até conseguir vender toda a carga para um distribuidor, enquanto o das mulheres chafurdava numa lama de caos e desencontros. As oito aspirantes a um cargo prestigiado deram vários tiros n'água , chegaram a um ponto em que a estratégia mais bem sucedida foi a de vender a mercadoria informalmente, no meio da calçada mesmo , ao melhor estilo "feira ao ar livre". Em outras palavras, as mandaletes, enfiadas em terninhos, fluentes em línguas estrangeiras e portadoras de diplomas de MBAs, se tornaram camelôs por um dia. Teve até direito a rapa da polícia , numa patética cena que deveria ser eternizada na internet, a exemplo da entrevista da doutora Ruth "sanduiche-iche" Lemos.
Após tudo isso , posso afirmar que "O Aprendiz 2" tem tudo para ser um ótimo entretenimento. Os personagens parecem ter a capacidade de deseducar os espectadores que buscam no programa um conhecimento mais amplo "do mundo dos negócios" , a começar pelas vestimentas - o líder do V-8 não tirava um imenso óculos escuros que o deixava com pinta de capanga de cafetão de Miami -. A presença robocopiana de Roberto Justus também merece destaque, aí está alguém que consegue apresentar menos expressões faciais do que eu. Ouso dizer que ele absorveu quantidades cavalares de botox , por osmose , na época em que namorava a apresentadora infantil Eliana. Que venha o segundo episídio.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

freak


Eu sofro de um fenômeno desagradável após realizar atividades físicas de alto desgaste: meus ouvidos ficam entupidos.
Não é aquela sensação de viajar de carro subindo uma serra, é muito mais forte. Suado, ofegante e com os ouvidos entupidos, acabo não conseguindo ouvir direito as palavras que saem da minha boca e comprometo minha habilidade de dialogar com as pessoas. Segundo relatos, falo com a voz de alguém que sofre de um forte resfriado.
Nos longínquos tempos de musculação , acontecia de um instrutor querer comentar algo sobre um exercício, dando dicas de postura e execução de movimento e eu responder com a maldita voz embargada, provavelmente soando como um idiota esquisito (não que eu já não seja um normalmente).
Atualmente, o fenômeno do entupimento ocorre algumas vezes, depois que eu corro por um bom tempo. Felizmente , não é normal encontrar pessoas depois dessas corridas.
Hoje, tive azar. Ao voltar para casa, encontrei moradores amigos no elevador, que resolveram puxar papo e falar amenidades.
Depois do meu desempenho nesse breve bate-papo, devo ter sido o assunto do jantar deles e inspirado frases como "eu sempre achei que ele era meio autista mesmo".

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

nomes com sonoridade boa

Os seguintes nomes são muito bons de se pronunciar repetidas vezes :

- Dikembe Mutombo - Jogador de basquete, o nome completo é mais fantástico ainda: Dikembe Mutombo Mpolondo Mukamba Jean-Jacques Wamutombo .
- Thierry Henry
- Didier Drogba
- Benicio del Toro
- Zinedine Zidane
- Sepulveda Pertence
- Whoopi Goldberg
- Ayatolá Khomeini
- Gianlluca Pagliuca - goleiro italiano
- Rafik Hariri - ex-primeiro-ministro do Líbano
- Guy-Manuel de Homem-Christo - um dos integrantes do Daft Punk
- Famke Jansen - atriz
- Michael J. Fox
- Juan Roman Riquelme
- John Cassavetes - diretor de cinema
- Abbas Kiarostami - diretor de cinema , iraniano
- Cuba Gooding Jr.
- Zarko Cabarkapa - jogador de basquete
- Zhang Ziyi - atriz , chinesa

quinta-feira, janeiro 25, 2007

filmes

Anunciaram os indicados ao Oscar de 2007.

E, para tirar a poeira do blog, vou aproveitar para escrever uns comentários rápidos, pouco informativos e impacientes a respeito de alguns filmes que vi nas últimas semanas. Quem quiser mais informações que vá ao Wikipedia.

Munique - Já tinha visto no cinema e aluguei o DVD para rever. Para mim é um dos melhores filmes de ação dos últimos anos. Não tem trilha sonora barulhenta para encher o saco, o tema é relevante, diálogos bem escritos e cenas tensas. Gosto do estilo visual adotado. Nota 8.5/10

Miami Vice - A cena inicial se passa numa boite, ao som de Limp Bizkit, o que é um mau presságio. Escalar a chinesa Gong Li para intepretar uma personagem cubana é forçar a barra. O mico aumenta ainda mais quando vemos Colin Farrell no papel principal, em atuação constrangedora. Não dá para entender a insistência em vender esse drogado sacana como estrela ascendente de Hollywood. Em Miami Vice , ele mostra uma capacidade de atuar semelhante a de um figurante do humorístico Hermes e Renato. O roteiro é confuso, os personagens não se desenvolvem, Jamie "Ray Charles" Foxx parece dormir em todas as cenas que participa. Alguns tiroteios e a estética das cenas noturnas se salvam. O diretor Michael Mann foi muito mais feliz em Colateral. Miami Vice é um filme brega, passado em uma cidade brega. Nota 4/10

Match Point - Nunca tive saco para correr atrás da vasta filmografia do Woody Allen, mas gosto dos filmes dele. Aluguei Match Point em junho do ano passado, mas não vi na ocasião por causa das comparações com o livro Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, que eu estava terminando de ler. Fiquei com medo do filme revelar surpresas da trama do clássico russo e copiei o DVD para o PC, para assistir mais tarde.
Antes de ver o filme, eu desconfiava desses prêmios de "mais sexy do mundo" que a Scarlett Johansson parecia ganhar uma vez por semana nos últimos tempos. Na minha mente ela ainda era apenas a chubby charmosinha do excelente Encontros e Desencontros. Agora, assino embaixo de todos eles. Scarlett é que é mulher de verdade. Que sejam abençoados para sempre as gordurinhas e os pneuzinhos cultivados pela atriz, bem como os cheeseburgeres e milk-shakes consumidos por ela.
Quanto ao filme, trata-se de uma gota de inteligência no oceano de baboseiras que é a indústria cinematográfica. Nota 9/10

Capote - Do alto do meu status de legítimo herdeiro do legado deixado pelos grandes baluartes do New Journalism, devo confessar que não li A Sangue Frio, do Truman Capote, tampouco me informei sobre as extravagâncias da vida pessoal do escritor. Vi o filme na condição de ignorante, sem poder questionar se o que se passava na tela era fiel ao que havia conhecido. Reza a lenda que o Capote, quando visitava o amiguinho homicida na cadeia, tinha o hábito de brincar de boneca, coisa que o filme não mostra em nenhum momento. Independente de ser fiel ou não aos fatos, Capote é um bom entretenimento, ancorado na performance de Philip Seymour Hoffman, que incorpora com maestria o caricato autor de Bonequinha de Luxo. Nota 8/10 .

Borat - Apesar de não ter estreado nos cinemas brasileiros, Borat tem causado um burburinho por aqui. Fiquei curioso e cometi esse crime muito comum no mundo de hoje, que é o ato de baixar filmes na internet. Borat é original, bem concebido e executado. A "pegadinha" com o público, que não sabe quais partes foram encenadas e quais foram filmadas com base no improviso do ator Sacha Baron Cohen é um trunfo. Os mais ingênuos acreditam que todas as cenas em que Borat interage com americanos são reais, sem armação. O personagem-título é um achado, logo será herói daquela turma preguiçosa de esquerdistas universitários que culpam os EUA por tudo o que há de errado no planeta Terra.
Ver filme sozinho no computador é uma má idéia, pior ainda quando se trata de uma comédia escrachada. Uma telinha do Windows Media Player e um fone de ouvido tiram o impacto de piadas que, em um cinema, viriam acompanhadas de gargalhadas e urros de uma platéia entusiasmada. Nota 8/10

Infiltrados - Quando vi no cinema, estava achando que era um filme policial acima da média, com muitos rostos conhecidos, Jack Nicholson na pele de um fanfarrão pela enésima vez, um roteiro inverossímil e sem nenhuma grande novidade. Aí vem o final violento e inesperado, que o Martin Scorcese deve ter tirado da cartola (ou não, já que Os Infiltrados é remake de um filme de Hong-Kong ) já imaginando que seria o suficiente para ser chamado de gênio por nove entre dez cinéfilos bundas-suadas que infestam os segundos-cadernos dos jornais mundo afora assinando as críticas de filmes. É bom, mas não merece tanta pompa. Nota 8/10

Diamante de Sangue - Filme em crise de identidade, que podia ser bem melhor. Por vezes é um drama engajado em denunciar o banho de sangue promovido na África para atender causas capitalistas. Em outras, é uma aventura à moda antiga, com correria, perseguições, vilões estereotipados e desfecho previsível. No meio disso, Leonardo di Caprio querendo provar mais uma vez que saiu da puberdade e que é capaz de interpretar um homenzinho e o beninense Djimon Hounsou roubando a maioria das cenas na pele do digno Solomon Vandy. O ator foi destaque em Amistad fazendo Cinqué, o líder dos escravos rebeldes do barco negreiro que vai parar nos EUA. Anos depois, era Juba, o escravo camarada de Maximus em O Gladiador. Em Diamante de Sangue é um pescador que acaba virando escravo em uma parte. Como constatamos, escravo do jet set, com serviços prestados na América do Norte, Europa e África. Dos filmes grandes que vi com a participação dele, só não foi escravo no lixão Constantine, onde faz uma espécie de pai-de-santo com superpoderes (!!!). Sacanagem com o cara, que é bom ator. Só porque é negro, forte e africano, está condenado a pegar esses papéis de escravo pelo resto da vida. Se resolver aprender português, pode sair dessa e sonhar em conseguir uma ponta no núcleo suburbano da próxima novela do Manoel Carlos. A triste realidade é que se ele de fato dominar o nosso idioma, vai ser imediatamente o favorito para dar vida a Zumbi dos Palmares, seja em uma minissérie global, em um filme de um Cacá Diegues qualquer ou, hipótese mais provável de todas, no topo de um carro alegórico a cruzar a Marquês de Sapucaí. Nota 7/10

Obrigado por Fumar - Comédia metida a ser afiada e espertinha, mas que requenta demais as mesmas piadas. Podia partir com mais força para o cinismo e a malícia. O subplot com o filho do protagonista é bem babaquice de americano, o filme fica com um jeitão de seriado bocó em vários momentos. Nota 6.5/10

Casino Royale - O novo Bond é meio esquisito, feião, vive fazendo um biquinho com a boca, tem físico de micareteiro da Barra da Tijuca, mas tá bem no papel.
As inserções de product placement da Sony constrangem, fazem do filme uma grande peça publicitária da empresa. Telefone, laptop, câmera fotográfica, televisão, dvd-r, só dá Sony. Podiam mudar o nome para CaSony Royale.
Depois de mostrar a raposinha naquele marasmo que é Os Sonhadores, a Eva Green alcançou um patamar de musa cult, preferida da cambada que usa óculos de aro grosso e camisas listradas. Bonita, ela é, mas não tem nível (nem bunda) para ficar bancando a gostosona e sex symbol em todos os filmes que participa. O formato do crânio dela é estranho, há algo daqueles ETs de Marte Ataca! na cabeça da moça.
A perseguição inicial tá mais para X-Men do que 007, até para os padrões da série tá exagerada. No mínimo o Bond estragava os dois meniscos depois daqueles saltos. Com aquelas habilidades, o bandido que enfrenta o agente seria o maior atleta da história das Olimpíadas se largasse o crime para virar esportista.
A mudança em relação aos últimos filmes foi boa, antes tava uma palhaçada do início ao fim. O aspecto mais sombrio do Casino Royale dá fôlego ao personagem.
O melhor momento disparado é quando a Alessandra Ambrósio aparece com uniforme de tenista, se não me engano em um saguão de hotel. Dura uns dois segundos, que olhos bem treinados como o meu nunca deixariam de notar. Nota 7/10

Lawrence da Arabia - Pus o DVD sem grandes pretensões, quando almoçava sozinho em casa em um domingo chuvoso e acabei vendo tudo de novo. Deve ter sido a décima vez que vi. Épico de verdade, que não é mais feito nos dias de hoje, onde a indústria se vê refém do mercadão dos adolescentes incultos, que só querem consumir porcarias repletas de diálogos escritos por macacos, efeitos especiais gerados por computador cada vez mais sem graças e trilhas sonoras esporrentas. Nota 11/10

sexta-feira, outubro 20, 2006

teste

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quarta-feira, outubro 18, 2006

memória eleitoral

Tirei o título de eleitor aos 16 anos , 1996. Para homenagear esses 10 anos de participação em eleições, resolvi fazer um esforço para tentar lembrar de todos os meus votos. Se eu pudesse voltar no tempo, alteraria alguns.

1996 - Vereador : Renato Borges , PTB.
Esse cara era um careca, levemente parecido com o George Costanza do seriado Seinfeld. Não lembro de proposta nenhuma, só da musiquinha que usava na propaganda, onde o jogador Júnior (ex-Flamengo) aparecia.
- Prefeito, primeiro turno: Ciro Garcia , PSTU.
É , o extremista. Votei nesses dois aí porque cheguei de manhã na seção e a fila tava enorme por causa de um defeito na máquina. Fui embora com a promessa de que isso estaria resolvido horas mais tarde. Quando voltei, novamente uma fila grande, máquina ainda quebrada e povo votando no sistema antigo, de cédulas. Fiquei irritado e fiz esses votos de "protesto". Cheguei a pensar em votar no Chico Alencar, mas o fato dele ser do PT pesou contra.
- Prefeito, segundo turno: Sei que não votei no Luis Paulo Conde, tenho alguma dúvida se fui de Sérgio Cabral Filho ou se anulei. Espero que tenha anulado, mas devo ter ido no Sérgio mesmo.

1998 - Deputado Estadual: Paulo Pinheiro, PPS.
Não tenho certeza se foi ele, mas acredito que sim. Na ocasião, ele ganhou muitos votos, por ser conhecido como "aquele cara bom do Miguel Couto".
- Deputado Federal: Alexandre Cardoso, PSB.
Votei porque gostava dos quadros que ele fazia na propaganda eleitoral e por ter acompanhado em jornais e revistas que ele era um parlamentar atuante. Mal sabia eu que ele iria se tornar um dos grandes aliados do Garotinho.
- Senado: Denise Frossard, PPS.
Quem ganhou foi o Saturnino Braga, com o Roberto Campos em segundo. Denise
teve 4 e pouco por cento. Ao lado do Paulo Pinheiro , era mais uma que podia ser reconhecida por uma frase : "aquela juíza que prendeu os bicheiros".
- Governo, primeiro turno: Luiz Paulo Corrêa da Rocha, PSDB.
Não tava animado com nenhum candidato, fui nele porque parecia bem intencionado, mas não tinha a menor chance.
- Governo, segundo turno: entre Garotinho e César Maia tenho sérias dúvidas. Posso ter anulado ou votado em qualquer um dos dois. Durante a campanha, fui seduzido pela baboseira do Garotinho, que apresentava como trunfo um prêmio dado aos melhores prefeitos do mundo, por conta de uma aprovação absurdamente alta que tinha recebido após o mandato em Campos. Ele também se mostrava um expert em segurança, por ter ido a seminários sobre o tema na Bélgica.
- Presidente: Ciro Gomes, PPS. FHC ganhou no primeiro turno.

2000- Vereador: Não faço a menor idéia. Se lembrar, altero o texto e boto. Posso ter votado em alguma legenda.
- Prefeito, primeiro turno: Gilberto Ramos, PPB. Senhor de fala equilibrada, propostas que faziam sentido. Não sei que fim levou depois disso.
- Prefeito, segundo turno: Entre César Maia e Conde, fui de César.

2002- Deputado Estadual: Não lembro de novo. Vai ver foi em legenda.
- Deputado Federal: Denise Frossard, PSDB. Nessa ela ganhou.
- Senador: Eram dois votos, um foi para o Arthur da Távola, do PSDB. O outro acho que foi anulado. Os eleitos foram Sérgio Cabral Filho do PMDB e Marcelo Crivella, do PL.
- Governo: Jorge Roberto Silveira, PDT. Mais um desses políticos de uma frase: "aquele cara lá de Niterói". Nessa disputa infame, o povo do Rio de Janeiro elegeu Rosinha Garotinho no primeiro turno.
- Presidente, primeiro turno: Ciro Gomes, PPS. Foi crescendo ao longo da campanha, depois desandou a falar besteira e caiu mais feio que o Golias quando levou a pedrada do Davi. Ainda assim mantive o voto.
Presidente, segundo turno: José Serra, PSDB. O careca não foi páreo para o produto desenvolvido por Duda Mendonça, o Lulinha Paz e Amor.

2004- Vereador: Legenda do PSDB.
- Prefeito: César Maia, PFL. Competindo com Crivella, Conde, Jandira e Bittar, não dava para votar em outro.

2006- Deputado Estadual: Tio Carlos, PV. Carlos Cupello foi o animador da minha festa de 4 anos. Ao fazer um cabo de guerra em que eu, o aniversariante, o puxava por um dos braços e o resto da festa o puxava pelo outro, Tio Carlos me enfureceu e recebeu uma mordida na barriga. Nos anos seguintes, já um animador renomado na cidade, Carlos aparecia no meu condomínio de vez em quando para trabalhar e, ao encontrar-me com a minha mãe, sempre era obrigado a lembrar do episódio da mordida e mostrar a cicatriz, que não saiu com tempo. Descobri que ele era candidato, me informei, vi que ele desempenha ações com ONGs, em prol de crianças pobres. Antes, imagino que em 1992, ele havia fracassado ao tentar se eleger vereador pelo PL. Em 2006, conseguiu uma votação expressiva, mas ficou de fora.

- Deputado Federal: Legenda do PV. Sempre impliquei com o Gabeira, por vê-lo como uma espécie de braço político de uma sub-raça de seres humanos que é a dos maconheiros cariocas. Acredito que um político tem mais o que fazer do que repetir um discurso para lá de questionável em defesa de um tóxico, o que lhe garantia um curral de eleitores bem grande. Além disso, o passado de sequestrador e as fotos em que trajava tanga frouxa na praia não o ajudavam. Com a escassez de candidatos decentes e a performance destacada e lúcida de Gabeira no último mandato, ele se tornou a principal opção de voto para muitos eleitores que não haviam votado nele antes. Não votei diretamente nele para não ser incoerente com o meu passado, mas ajudei a elegê-lo ao votar no PV, um partido com bons valores e que corre sério risco de extinção com as reformas políticas que estão em curso.

- Senado: Ronaldo César Coelho, PSDB. Nunca fui fã, mas em Dornelles e Jandira eu não votaria mesmo. Sirkis pode ter boas idéias, mas tem a fala letárgica demais para o meu gosto. Não voto em quem tem voz de mongo.

- Governo: Denise Frossard, PPS. Está se tornando uma mala sem alça, mas com a fraca competição ainda consegue se sobressair e ganhar meu voto.

- Presidente: Geraldo Alckmin, PSDB. É a bola da vez para impedir que o PT siga fazendo essa putaria franciscana no país. Nem vou começar a falar mal do PT, porque não sei se a internet tem espaço suficiente para abrigar minhas críticas. Nunca torci tanto para alguém perder como torço agora para a derrota do Lula.

sexta-feira, junho 24, 2005

O mal amado ditador vitalício da geladeira

No primeiro semestre de 2002 , ainda me considerava jovem , ainda frequentava a universidade , ainda não tinha o sangue totalmente azedo, ainda perdia tempo para torcer para o Flamengo e ainda trazia para a casa todas as amostras grátis de produtos que me eram oferecidos.

Em algum momento desse longínquo semestre, peguei uma lata de uma bebida que estava sendo distribuida no pilotis da faculdade. Era o lançamento do Nestea no Brasil , chá preto combinado com frutas. Aceitei um de maracujá , pus na mochila , trouxe para a casa e coloquei na geladeira. Três anos depois , a lata continua lá, lacrada , esquecida , pura como uma virgem de um convento. O prazo de validade para o consumo venceu em outubro de 2002 , ninguém mais terá coragem de beber esse líquido nocivo. Ninguém nunca teve vontade.

Em homenagem à persistência do ancião Nestea em permanecer incólume na geladeira por todos esses anos , publico uma foto dele em seu cantinho habitual , na varanda da porta, ladeado pelos atuais e transitórios vizinhos : uma garrafa de soro fisiológico (não me perguntem a razão disso estar na geladeira) e um pote de azeitonas. Desconfio que daqui a alguns anos , quando pôr a mão na lata de novo, não lerei as palavras Nestea Maracujá grafadas no alumínio, e testemunharei o surgimento de um novo sabor: Nestea Matusalém.



quinta-feira, junho 23, 2005

Déjà Vu

Nossa seleção de futebol enfrentará a da Alemanha ,no sábado , pela semi-final da Copa das Confederações. Se o Galvão Bueno conseguir passar o jogo inteiro sem falar aquela máxima que diz que "a Alemanha joga um esporte muito parecido com futebol, mas que funciona", eu me atiro pela janela. Ele roubou a frase do Jô Soares , que é outro que nunca perde a oportunidade de repeti-la. Os dois deveriam ir para o A Praça é Nossa, onde poderiam passar a eternidade contando a mesma piada.

quarta-feira, junho 22, 2005

mais praia

Duas ceninhas chocríveis que eu vi ao correr na praia domingo a noite :

- Moçoila de vinte e poucos anos cruza os braços e espera impassível o namoradinho terminar de urinar em um coqueiro, daqueles que fica quase na divisa entre areia e calçada. A impressão que tive foi a de que ela se comportaria da mesma maneira se estivesse dando um passeio noturno com o cãozinho de estimação. Não havia nenhuma censura nos olhos dela , o fato de o companheiro emporcalhar uma área pública parecia ser algo normalíssimo. Pensei em presenteá-la com uma coleira e uma fantasia de palhaço , para vestir o parceiro. A moça bem que poderia se inspirar e montar um espetáculo dominical diurno para o calçadão , vestindo o sujismundo de palhaço e treinando ele para passar em ziguezague por uma linha de garrafas enfileirada no asfalto. Perigava até de o poodle do texto anterior perder o emprego frente ao surgimento dessa nova e bizarra atração.

- Na altura do Posto 9 (onde mais poderia ser ?) , era realizada uma mini-rave na areia. Pude ouvir as batidas de um trance psicodélico , distingui um punhado de malabaristas no meio daquela pequena muvuca, percebi que a festinha só era frequentada por gente que parecia ter saído do esgoto. Se a L'Oreal resolvesse patrocinar o agito e montasse um estande para a venda de cosméticos , estaria alguns passos mais próxima da bancarrota. Aquela massa de esfarrapados prefereria transformar todos os grãos de areia em flocos de caspa do que gastar uns trocados para comprar shampoos e sabonetes. Em compensação , um espertalhão oportunista poderia alcançar grande êxito se pintasse por lá com comprimidos de Novalgina e vendesse eles como pílulas de ecstasy . Os fanfarrões só perceberiam o golpe horas mais tarde , porque "brow ... a onda da bala só rola muuuuito tempo depois que se toma ".

terça-feira, junho 21, 2005

Até pouco tempo , eu costumava avistar estátuas humanas no calçadão da praia de Ipanema , aos domingos. Alguma pessoa sensata deve ter trancafiado todos eles em um hospício , porque já não os vejo há algumas semanas. Nunca achei graça em alguém que se pinta de cinza , fica imóvel por algumas horas e acha que pode ganhar o pão de cada dia honestamente através dessa ... ãhn ... ARTE . Não os classifico como artistas de rua do mesmo naipe de reis de embaixadinha , treinadores de poodle fantasiados que sabem andar em ziguezague e mágicos que fazem truques com cartas. Esses todos oferecem algum tipo de distração aos transeuntes (ô palavrinha cretina , só se usa em texto , ninguém fala essa bosta de "transeunte" ). O estátua humana, pelo contrário , só presta para ficar parado com cara de bunda.

O que mais me fascina neles é a falta de inteligência em seguir essa carreira , que envolve uma rotina repleta de pontos negativos , vamos a alguns:
1- O profissional ( ! ) precisa gastar algumas horas para pintar o corpo todo com aquele veneno, o que deve acontecer em casa.
2 - Uma vez saindo de casa , o panaca precisa passar pelo constrangimento de pegar uma condução para chegar ao local de trabalho desejado. Parto do príncipio de que todo estátua humana é pobre, mora longe e não tem dinheiro para comprar um carro. Imaginem só as gozações - todas elas justas , diga-se de passagem - que o estátua ouve em um ônibus cheio de jovens marginais a caminho da praia.
3- O estátua chega ao "escritório" . E agora , será que é a hora de acontecimentos maneiríssimos e de uma vida animada e cheia de alternativas ? NÃO !!! O estátua se conforma em torrar por horas a fio sob as marteladas flamejantes de um sol inclemente. Sofre o dia inteiro com o habitual calor senegalês desse maldito inferno tropical . Para agravar a situação , o tóxico cinzento que reveste o corpo do artista deve causar uma série de desconfortos , doenças e alergias.

Todo esse sacríficio resulta no seguinte:
Completa indiferença por parte de uns 98% do público-alvo; impossibilidade de ser levado a sério ao realizar tarefas corriqueiras, como entrar em lojas , arrumar mesa em um restaurante para almoçar ou ter uma conversinha com o gerente do banco; durante a jornada de trabalho, não haverá nenhum diálogo interessante, nenhuma secretária boazuda, nenhuma chance de ascensão profissional e pouquíssima probabilidade de se estabelecer uma rede de contatos (afinal , as melhores estátuas não falam) de trabalho. Para finalizar , cheguei à conclusão que até o pagamento que eles recebem é uma porcaria , porque além de não somar um valor atraente, é quase todo feito em moedas: pesadas , barulhentas e uma dor de cabeça quando chega a hora de contá-las.

A perspectiva para eles não poderia ser pior , a extinção é um perigo iminente. O momento agora pede uma ação simpática dos mico-leões dourados , que eles recebam de braços abertos os novos membros coloridos da lista de animais ameaçados : os seres humanos cinzentos !

Vi um cartaz na rua que anuncia um evento chamado Arraiá do Rio , a ser realizado no próximo final de semana, na Marina da Glória . As atrações principais de sexta são Jorge Ben Jor e Moraes Moreira . Sábado , a animação fica por conta de Alceu Valença e Eletrosamba. As escolhas são curiosas.

Não sei como as pessoas ainda tem a cara de pau de usar o Jorge Ben Jor como chamariz desses eventos do tipo festa + shows. Entra ano , sai ano , o Zé Pretinho segue repetindo aqueles sucessos manjados , sem mudar muita coisa. Não haveria problema se ele fizesse umas apresentações esporádicas , mas tenho certeza que ele voltará com tudo no próximo verão , encabeçando dezenas de eventos parecidos, em parceria com Monobloco , bateria de alguma escola de samba qualquer e outros representantes menos cotados da pobre "cena" musical carioca. Até os fãs mais fervorosos do Jorge devem ter estranhado esse negócio dele cantar em um arraiá , uma festa que não combina com a obra musical dele. Os organizadores devem ter coçado um pouco a cabeça para resolver esse problema de identificação entre a estrela e o tema do evento , mas imagino que a solução encontrada seja algo como " vamos dar uma camisa xadrez e um chapéu de palha para o negão , que fica tudo beleza ! ".

Se o Jorge Ben goza de prestígio o suficiente para atrair multidões para essas festas , não podemos dizer o mesmo de um de seus primos pobres , o Eletrosamba. Presença onipresente na noite carioca , esse grupo ( ? ) é , para mim , um enigma. Eles sempre aparecem como tapa-buraco de festas , boites e shows de médio e grande porte voltados para a juventude carioca. Apesar disso , não lembro de ninguém que se diz fã da banda , nunca vi clipe deles na TV , música nas rádios , disco nas lojas, nem saberia reconhecer os músicos . Para dizer a verdade , eu nem sei o que diabos o Eletrosamba faz. Já estive em eventos em que eles tocaram , mas não tenho memórias da apresentação deles. Ou o grupo estava escondido em algum palco paralelo , afastado do principal , ou se prestava a realizar a inglória tarefa de fechar a festa (leia-se: expulsar os últimos bêbados que não se tocavam que era hora de ir embora). Parabenizo-os pela persistência , mesmo sem saber se são bons ou ruins - acho que morrerei de velhice antes de ter a oportunidade de sanar essa dúvida - .

Para completar o line-up do Arraiá do Rio , os organizadores escalaram dois nomes mais familiarizados com festas juninas: Moraes Valença e Alceu Moreira , ou vice-versa , tanto faz. A cada cem pessoas , apenas umas cinco devem saber qual é a diferença entre esses dois. Para o grande público , não há muita variação entre veteranos cantores nordestinos cabeludos. Se o evento durasse três dias , dariam um jeito de botar o Lenine no terceiro. Aposto minha alma nisso.

Ps: Como se sabe , esse tipo de festa sempre abriga umas barraquinhas de comidas típicas, que irão propiciar incontáveis repetições da seguinte cena:
1 - Gatinha faminta compra um salsichão para aplacar a fome.
2 - Depois de dar alguns passos abocanhando o fálico e robusto alimento , é abordada por um marombeiro tatuado, que balbucia gracejos deselegantes, com referências ao gosto alimentar da mocinha.
3 - A boneca , ferida pela barbárie masculina, procura um cantinho e , contendo as lágrimas, devora o que resta do salsichão.

terça-feira, setembro 07, 2004

Feto em conserva




Laborátorios de ciências de escolas de segundo grau são apinhados de vidrinhos com animais mortos . Para desespero de aluna(o)s mais sensíveis , animais peludinhos e fofinhos também pintam em alguns desses santuários improvisados. No entanto , o mais pavoroso é quando a garotada vai para a aula e é obrigada a encarar um feto humano , fadado a boiar eternamente no formol de um pote poeirento. Não lembro de ter estudado o feto em nenhuma das aulas, e acredito que na maioria dos colégios o pobrezinho do quase-bebê não tem outra utilidade senão a de assustar os alunos.
Devido a imensa quantidade de fetos em escolas, tenho uma forte suspeita de que eles são todos falsos , na verdade seriam réplicas de humanos feitas por alguma empresa mal intencionada, disposta a sacanear instituições de ensino. Os escroques obteriam mais sucesso se vendessem berinjelas em conserva, insuperável no ranking das nojentices guardadas em potes de vidro.

terça-feira, agosto 31, 2004

Sex and the City





É um assombro a quantidade de fêmeas que aponta Sex and the City como um dos programas preferidos no TV Shows do perfil no Orkut. Ao que parece, o sonho de cada uma delas é viver a vida das personagens da premiada série.

Lágrimas furtivas descem dos meus olhos quando eu comparo nossas brasileirinhas com as badaladas novaiorquinas. Enquanto as gringas são espetadas pelos mais desejados partidões da big apple, as macaquitas seguem gastando kilometragem com as seguintes figuras:

- Surfistas eternamente sequelados de maconha.
- Micareteiros balzaquianos bombados.
- Alternativóides bebunzinhos barrigudinhos, habitués do Baixo Gávea.
- Músicos verborrágicos sugismundos e cineastas falidos.
- Malucóides eletrônicos tatuados, que pesam vinte quilos.
- Estrangeiros. Qualquer um serve, carioca adora dólar.

Há ainda uma infinidade de camaradas que poderia entrar na listinha acima, mas por enquanto esses aí já são o suficiente.

O lirismo do negócio todo é que as gatinhas sempre passam por um ciclo nesses relacionamentos:
1 - Começam a sair com o malandro.
2 - Por mais escroto que o mané seja, elas passam a comentar com todo o mundo que o sujeito "é um fofo" (puta que parerda, fofo é o meu ovo esquerdo !) .
3 - Dão.
4 - O romance não vai para a frente e elas vão chorar no ombro das amigas. Se fazem de vítimas e enumeram dúzias de defeitos que descobriram tardiamente no macho.

Quero fazer o projeto de um "Sex and the City" carioca, seria nesse tom.

segunda-feira, agosto 09, 2004

bizarrô , bizarrô , bizarrô



Algumas personalidades do esporte brasileiro são versões alternativas de astros do cinema americano. O Cuca , treinador da equipe de futebol do São Paulo , é um Woody Harrelson mais velho .

O tenista Flávio Saretta é o "bizarro" - se lembram do Bizarro do Super-Homem ? - do Brad Pitt ...

Lá vem bomba




Se existe um momento que sempre consegue quebrar a monotonia do cotidiano , esse momento é o da inserção da vinheta do Plantão da Rede Globo. Há um terrível clima de tensão quando entra aquela musiquinha, que fica alguns segundos no ar antes de o locutor, em off, dar alguma (quase sempre péssima) notícia. Lembro de alguns plantões importantes que assistii :

- Início dos ataques aéreos americanos em Bagdá , na primeira Guerra do Golfo.
- Acidente de carro (e morte) da princesa Diana Spencer. Aconteceu no meio de um Supercine.
- Assassinato de Yitzhak Rabin , em Israel. Foi na tarde de um domingo.
- Desaparecimento do deputado Ulisses Guimarães, após a queda do helicóptero que o transportava, em Angra dos Reis.

No caso do Ulisses, os plantões eram frequentes , mas nunca anunciavam que haviam encontrado o corpo dele. A equipe de busca achava tudo , menos ele. Por conta disso , o primeiro pensamento que vem a minha mente quando ouço o tema musical do plantão é o de "Cacete ! Será que acharam o Ulisses ?"

Às vezes o plantão é utilizado para divulgar notícias sobre a votação de leis importantes na câmara e no senado, mas acho que esses acontecimentos não merecem tamanho destaque. Para mim, o Plantão tem que ser sempre a trilha sonora da morte.

Em tempo, o imediatismo da Internet está matando o Plantão.

Baixem aqui o Tema do Plantão

segunda-feira, agosto 02, 2004

Cão policial farejador morre de overdose na Inglaterra

LONDRES (Reuters) - Um cão policial farejador morreu supostamente de overdose enquanto procurava drogas, disse a polícia britânica na segunda-feira.
Todd, um spaniel de 7 anos de idade, procurava drogas em um campo e em um carro em Preston, no norte da Inglaterra, quando seu treinador notou que ele não passava bem.
Ele foi levado para um veterinário e dali internado às pressas em uma UTI da Universidade de Liverpool, apresentando sintomas de ter ingerido anfetaminas, informou uma porta-voz da polícia de Lancashire.
Ele morreu logo depois.

Nem tudo que reluz é ouro




Uma lástima a derrota das graciosas italianinhas na final do Grand Prix de vôlei diante da seleção brasileira (que anda carente de musas). Tá na cara que as carcamanas vão ficar mordidas com as campeãs, que as venceram em território italiano, e farão de tudo para emplacar uma vendetta nos jogos olímpicos. Não custava nada entregar o jogo para Francesca Piccininni e cia, agora vamos levar uma surrra em Atenas .

sexta-feira, julho 30, 2004

" Meu filho é rico porque PODE".



Vai ser mais fácil escolher um presente especial neste Dia dos Pais. Seis profissionais brasileiros da moda indicam as roupas e acessórios indispensáveis no guarda-roupa de inverno de um executivo em sintonia com as tendências da estação..

Assim começa uma matéria de Estilo na edição da revista Forbes Brasil que está nas bancas. Logo de cara , o estilista Ricardo Almeida sugere um terno preto (liso ou risca-de-giz) , bem caretão , que pode ser adquirido por R$ 3.3 mil . Abaixo dele , Patrícia Gaia, diretora de marketing da Giorgio Armani , indica uma camisa listrada de manga longa, por R$ 1,78 mil ( mil setecentos e oitenta reais). Temos ainda uma jaqueta de couro desgastada da VR Menswear, por R$ 1,49 mil ; um blazer de puro cashmere da Daslu Home que custa R$ 4,69 mil e uma quase-bota ( esse nome é ótimo ) Ermenegildo Zegna , R$ 1,2 mil. Para fazer média com os leitores miseráveis , também colocaram um cachecol longo de R$ 70 (acho que digitaram errado , tá muito barato! )da YIMAN.

O mais interessante é que nas descrições das peças, as pessoas que fazem as sugestões nuncam mencionam o preço alto dos produtos , e optam por destacar o lado racional da compra. Então , aprendemos que a quase-bota "combina tanto com o visual mais comportado como com o esportivo". Os cretinos não sabem nem definir o nome do produto e ainda tem a cara de pau de cobrar mil e duzentas pratas. Vou usar a lógica deles para instituir um sistema de tarifas altíssimas para quem quiser ler o que escrevo no blog . Afinal , "quase" não escrevo...

Obs. Em pleno inferno tropical, dar um cachecol de presente ao pai é muita falta de respeito. Só pode ser coisa de filho que duvida da masculinidade do progenitor.



terça-feira, julho 27, 2004

hard bread muthafucka all the way



não , obrigado

Sou o inimigo público número um dos garçons de restaurantes a quilo. O motivo é simples : nesses estabelecimentos, só são cobrados os 10% de gorjeta aos clientes que pedem alguma bebida. Eu , na condição de sovina aclamado internacionalmente , nunca bebo nada nesses lugares.
Um por um eles se aproximam, perguntam se eu quero alguma bebida, ouvem uma resposta negativa e dão as costas mau humorados. Alguns não se conformam , fazem ronda , acham que eu estou de brincadeira, insistem de todas as maneiras.

O auge dessa minha tática ocorreu no terceiro ano do segundo grau, época de vestibular, quando as aulas eram em turno integral. Quase sempre íamos almoçar no Ballroom - para quem não sabe, é restaurante , além de casa de show -, todos pediam alguma bebida para acompanhar o almoço, menos eu. A questão era matemática:

- Lá, uma Coca-Cola custava R$ 1,50 .
- Um almoço de R$ 8,50 ( sem bebidas) , acrescido do valor acima, passaria a custar R$ 10,00 + os 10% de serviço. O total dava R$ 11,00. Trocando em miúdos, os espertalhões pagavam R$ 2,50 por uma mísera latinha de refrigerante.

E o pior é os colegas estudantes ainda se sentiam no direito de me sacanear, só porque depois do almoço eu passava no posto de gasolina e comprava a mesma lata por R$ 0,80. Uma economia diária de R$ 1,70 , poderia comprar três latas pela mesma quantia que esses vermes pagavam no restaurante que ainda sobrava troco. Insolentes !